quinta-feira, 19 de janeiro de 2012






          Muitas vezes conceituamos música como arte, o que não é um conceito errado, mas ao pensarmos em arte se fazem interpretações de um ambiente com maior valor intelectual, algo que alguns conceituam como sendo “culto” relacionado à cultura que do ponto de vista sociológico não possui esse conceito, porém, há de se pensar que a música é uma das linguagens artísticas mais acessíveis e que como percebemos está intrínseca a realidade de todos nós, todos mesmos, pois a música como movimento, dada o dança possui seus recursos de percepção até mesmo para surdos que não conseguem ouvi-la. A escola tem papel de mediador em muitos aspectos, e pode ser mediadora da arte , da musica ,ajudando a criança manifestar sentimentos, a escola pode ajudar nessa mediação com o educador dando ao aluno uma iniciação a música.
           Segue uma matéria sobre o que seria correto e errado nessa iniciação musical.









O certo e o errado na iniciação musical
 
Giovana Girardi
Orquestra afinada
Cantar muito Varie o repertório. Se você se sentir muito desafinado, recorra aos CDs. Alguns foram feitos para esse fim, como Músicas Folclóricas Brasileiras e Festas na Escola (Ed. G4, 15 reais cada). Outras opções são os livros acompanhados de CD O Tesouro das Cantigas para Crianças (Vol. 1 e 2, Ana Maria Machado, Ed. Nova Fronteira, 35 reais cada) e Cadernos de Atividades (Roseli Lepique e Mônica Lima, Ed. G4, 30 reais).

Brincar de roda É uma forma divertida de fazer a criança cantar, apurar a afinação, a percepção rítmica e melódica. O livro Brincando de Roda (Íris Costa Novaes, Ed. Agir, esgotado) traz uma série de sugestões.

Assistir a filmes Uma sugestão é o vídeo Pedro e o Lobo, da coleção Meus Contos Favoritos (Disney, 26,50 reais). As crianças poderão conhecer o som de diferentes instrumentos da orquestra.

Contar histórias As crianças gostam de ouvir, de contar e de cantar histórias. Use fantoches e proponha dramatizações. Ajuda nessa atividade o CD Mil Pássaros (Palavra Cantada, 22 reais).

Bater bola Bater a bola no chão (como no basquete) desenvolve o senso rítmico e a manutenção do andamento. É um desafio para crianças mais novas. Outra brincadeira tradicional, de bater bola na parede, pegá-la de volta realizando malabarismos enquanto se recita uma parlenda, também estimula muito a construção do controle rítmico.

Adivinhar Guarde em uma caixa objetos com sons diferentes: sininhos, chocalhos, apitos de pássaros, reco-reco, latas, flauta. No primeiro momento, deixe a turma olhar e experimentar. Depois, cubra os olhos das crianças e faça você o som, para que elas tentem descobrir o objeto. É um exercício preparatório para a percepção do timbre.

Pular corda Parece simples: duas crianças giram a corda e outra pula. Mas na atividade as crianças desenvolvem a nada trivial capacidade de prever o tempo rítmico. As crianças que giram a corda, por mais "ensaiadas", variam a velocidade. É como a dinâmica, nada constante, de um quinteto de jazz que interpreta uma canção. Há uma variação normal do movimento. A criança que pula tem de prever o movimento e pular no instante certo, se adaptando ao que vai acontecer e não ao que já aconteceu.

Construir objetos sonoros Encha potinhos de plástico ou latinhas de refrigerante (tenha o cuidado de pintá-los da mesma cor) com diferentes materiais (pedrinhas, botões, milho, arroz) e mostre às crianças as diferenças de sons (graves, médios e agudos). Depois peça a elas para organizá-los do mais grave para o mais agudo e vice-versa. O exercício pode evoluir para o toque do xilofone. O ideal é usar os que podem ser desmontados, para que a criança remonte seguindo as ordens acima.

Escutar o ambiente Convide todos a fechar os olhos e escutar. Depois converse sobre o que ouviram. Sons naturais (canto dos pássaros, latido de cães, vozes, vento, chuva) ou produzidos por máquinas e instrumentos musicais. Vale a pena também passear com as crianças pela escola para que elas observem os sons do cotidiano nos diferentes ambientes, como pátio, cozinha, corredores. Depois as crianças podem fazer mapas registrando suas observações, o que vai estimular a audição.

Tocar flauta doce Muitas secretarias de educação e escolas particulares têm adotado o uso da flauta na educação musical. É um instrumento fácil de ser dominado a partir de 5 anos. Você também pode aprender rapidamente. Um livro bastante usado é o Método de Flauta Doce, com CDs (Editora G4, 30 reais), que traz 22 músicas (com a melodia e apenas com o acompanhamento).

Ih, desafinou!


- É um erro pensar que trabalhando somente a letra da música você está fazendo educação musical. Nesse caso, você apenas está trabalhando poesia.

- É um equívoco trabalhar a música apenas em ocasiões especiais, sem que se faça um planejamento a longo prazo

- Evite usar a música somente para formar hábitos e atitudes - como lavar as mãos, escovar os dentes - ou para ajudar a memorizar números ou letras do alfabeto. Essas canções costumam ser acompanhadas por gestos corporais que são imitados pelas crianças de forma mecânica, sem criatividade.

- Focar as atividades em bandinhas rítmicas ou na confecção de instrumentos de sucata também não é recomendável. Esse material geralmente fica com uma qualidade sonora deficiente e reforça a imitação, deixando pouco espaço para as atividades de criação e percepção.



http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/musica-aprender-se-divertir-422851.shtml?page2



Quem não lembra dessa musiquinha?
Particularmente era a que mais gostava, pois era o momento que podia dividir o lanche com os coleguinhas , além de que ainda tinha aqueles dias especiais em que as "tias" pediam para os pais enviarem frutas para a salada , e todas as turminhas se juntavam no pátio para lancharmos juntos. Pequeniques ao ar livre em parques proximos a escola , dias andando no zoologico e parques , depois a turminha se juntava novamente para lanchar . AH! Mas antes tinhamos que fazer a fila e lavar as mãos.
A música como arte, promove elevação de espirito, sensação de bem-estar, que em muitos momentos da história de nosso país e do mundo revelou o estado subjetivo de um grupo ou de um individuo , levando a novas interpretações e até a chegada de um novo mundo, uma nova ideia, um espaço de interpretação e criação diversa da que vivera. Cotidianamente é utilizada como terapia em hospitais e não há como negar que uma musica sempre incrementa o espaço, ela em muitos momentos caracteriza o tempo vivido, como celebrações, ritos e etc. Um elemento-arte como a música não poderia estar desvinculado do ambiente escolar, como não está à musicalidade, a introdução da música no universo infantil de uma criança que está começando a desenvolver seu processo cognitivo, pode auxiliar o educador. A música caracteriza o universo infantil com cantigas de roda, cantigas de ninar, cantigas para as refeições, etc. E por caracterizar é perceptível sua contribuição no desenvolvimento infantil.